FAP lança campanha de sensibilização eleitoral com o mote “Não envergonha Portugal?”

A Federação Académica do Porto (FAP) lançou uma campanha de sensibilização inovadora, marcando o início dos debates eleitorais, sob o lema "Não Envergonha Portugal?". A ação será marcada pela exposição de outdoors estrategicamente localizados, junto ao Pólo Universitário, que revelam estatísticas significativas sobre temas cruciais para o futuro dos jovens em Portugal, como a emancipação dos jovens e o flagelo da emigração.

Os dois outdoors exibem dados alarmantes, que têm um impacto significativo na vida dos jovens: “Não envergonha Portugal que… 30% dos jovens nascidos em Portugal vivem no estrangeiro?” e “Não envergonha Portugal que… um jovem saia de casa apenas aos 30 anos?”. Francisco Porto Fernandes, presidente da FAP, alerta que “os números retratam uma realidade preocupante”. “O país não nos permite construir o nosso próprio projeto de vida, a única solução tem sido emigrar. Importa que o país perceba que somos a primeira geração a viver pior do que a dos seus pais”, revela o presidente da Federação Académica do Porto.

O QR Code visível nos outdoors remete para o Caderno de Medidas da FAP, com propostas e objetivos para a Legislatura. Deste modo, a iniciativa da FAP procura sensibilizar os cidadãos para as questões cruciais que afetam o futuro dos estudantes do Ensino Superior em Portugal, e apelar a uma participação ativa nas Eleições Legislativas, evidenciando a importância do voto consciente e informado. Francisco Porto Fernandes acrescenta que “os jovens enfrentam inúmeros desafios no início da vida adulta e precisam de acreditar que o poder político não desistiu deles. É por isso que temos desafiado os líderes partidários a assumir um desígnio nacional pela juventude, colocando a secretaria de estado da juventude sob tutela do Primeiro Ministro.”.

Dados recentes evidenciam ainda que 75% dos jovens ganham menos de 950€ mensais e, no que concerne ao trabalho qualificado, um jovem com qualificações superiores auferia, em média, mais 211€ em 2011, do que em 2022. “Não conseguimos emancipar-nos quando deixamos de estudar. Importa, por isso, apoiar os jovens e, sobretudo, ouvir as nossas preocupações”, remata o presidente da FAP.