FAP cria Think Tank Pensar (N)a Academia
No âmbito do 35º aniversário da Federação Académica do Porto (FAP), que se realizou ontem, no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, em Matosinhos, a FAP lançou o Think Tank “Pensar (N)a Academia”, que pretende contribuir tecnicamente para a formulação de propostas de políticas públicas em Portugal. O projeto pioneiro da Federação Académica do Porto é composto por oito jovens especialistas e tem como objetivo primordial a investigação nas áreas da Educação, Ensino Superior e Políticas de Juventude.
Ligados ao ramo da Gestão, Saúde, Direito, Desporto, Artes, Economia e Comunicação, este conjunto de jovens especialistas pretende colaborar ativamente no laboratório de ideias e analisar o cenário político português, traduzindo o conhecimento especializado em ações tangíveis. “Lançamos o Pensar (N)a Academia com a convicção de que este Think Tank é fundamental para o desenvolvimento de novos estudos e políticas verdadeiramente eficazes para os jovens”, explica Francisco Porto Fernandes, presidente da FAP. O projeto permite que a FAP adote uma abordagem proativa, refletindo sobre as necessidades e aspirações dos estudantes do Ensino Superior, através de reuniões mensais e da publicação de documentos relevantes, baseados na evidência e sustentados por factos. “Queremos saber mais sobre o Ensino Superior, sobre a nossa geração, queremos saber o que podemos fazer melhor e, sobretudo, queremos garantir a máxima qualidade e equidade para os estudantes da Academia do Porto. Este Think Tank será, sem dúvida, uma mais valia para todos nós”, sublinha o presidente da FAP.
Constituem, por isso, o Think Tank:
João Cerejeira, 23 anos, licenciado em Economia. Trabalhou como consultor na McKinsey & Company e fundou, este ano, a Augusta Labs, com o objetivo de fazer a ligação entre a inteligência artificial e as empresas, contribuindo para o desenvolvimento do projeto Pulsómetro da CNN no âmbito das eleições legislativas.
Joana Ribeiro, 24 anos, mestre em Psicologia Clínica e da Saúde. Atualmente, encontra-se a realizar o Ano Profissional Júnior no Núcleo CASA – Psicologia, Educação e Desenvolvimento. Paralelamente, dinamiza grupos de partilha com liderança profissional para estudantes na FPCEUP, escreve artigos psicoeducativos para a Ivory Therapy e dá formação em diversos contextos. Foi, durante 5 anos, dirigente associativa e, em 2022, coordenou a nova equipa da Comissão Executiva da Queima das Fitas do Porto – “Prevenção de Comportamentos de Riscos”.
Inês Bento, 25 anos, mestre em Geografia. Durante o segundo ano da licenciatura, decidiu que educação seria a sua vocação. Atualmente, é Professora de Geografia no 3º ciclo e no Ensino Secundário.
Inês Pereira de Figueiredo, 23 anos, mestre em Medicina. Desde 2021 que leciona como professora convidada na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Inês realizou estágios em hospitais na Índia e no Egito. Atualmente, está no ano comum de Medicina e atua como Gestora de Parcerias em mercados internacionais para uma empresa alemã na área da formação médica, liderando iniciativas de educação médica e parcerias estratégicas.
Mariana Gomes, 22 anos, estudante de Direito, Universidade de Lisboa. Mariana é ativista climática e recebeu uma bolsa da Fulbright e estudou Alterações Climáticas nos Estados Unidos da América. É fundadora da Último Recurso, a primeira organização de litigância climática no país, e que processou o Estado Português por não cumprir a Lei de Bases do Clima. Além disso, é Embaixadora do Pacto Ecológico Europeu, em Bruxelas, e delegada nacional nas Conferências do Clima da UNFCCC. Foi reconhecida pelo Departamento de Estado dos EUA como uma das jovens líderes da Europa e, recentemente, pela revista Sábado, como a jovem influente e promissora em Portugal.
Francisca Miranda, 22 anos, licenciada em Design de Comunicação. Atualmente, é artista e designer e, desde 2022, que desenvolve trabalhos como freelancer, artístico e de investigação. Foi distinguida duas vezes pela Academia Portuguesa de Cinema, vencendo o prémio Sophia Estudante 2024, na categoria melhor Curta-Metragem Documentário, assim como os Prémios Curtas 2024.
Diogo Valente Polónia, 24 anos, mestre em Engenharia e Gestão Industrial. Atualmente, é cientista de dados no Conselho da União Europeia. Viveu no Chile, onde estudou avaliação de políticas públicas, e na Dinamarca, onde fez investigação na área de circularidade. Conciliou os estudos em Engenharia e Gestão Industrial, no Porto, com o associativismo júnior, participando em competições internacionais e muitos hackathons (com prémios como a World Data League ou Peter Drucker Challenge). Recentemente, tem-se dedicado a combater um dos problemas ambientais mais desnecessários: os copos e embalagens descartáveis.
Maria Reis Lopes, 22 anos, estudante de Gestão, Universidade do Porto. Em 2023, representou o Futebol Clube do Porto, onde se sagrou campeã nacional de voleibol. No próximo ano, irá representar o Sporting Clube de Braga. Aos 16 anos, foi convocada pela primeira vez para a Seleção Nacional Sénior, onde teve a oportunidade de competir no primeiro e único Campeonato Europeu em que o voleibol feminino português esteve presente, em 2019. Ao longo do percurso, já conquistou três pódios ao serviço da Seleção Nacional, tendo este ano alcançado o tão esperado ouro a nível europeu.
“Este grupo representa o melhor da nossa geração, com uma combinação única de talento e conhecimento”, explica Francisco Porto Fernandes que, conclui: “estou confiante de que farão uma análise significativa do panorama educacional e juvenil nacional”. O grupo de jovens especialistas foi oficialmente apresentado na 35º gala de aniversário da Federação Académica do Porto que decorreu ontem, dia 8 de julho, no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, em Matosinhos. O evento assinalou 35 anos de histórias, mas também a inovação e compromisso dos jovens em contribuir para a melhoria de políticas educacionais no país.