No último dia 20 de dezembro, os novos órgãos sociais da Federação Académica do Porto tomaram posse para o mandato de 2024. A equipa, encabeçada por Francisco Porto Fernandes, traz um espírito rejuvenescido e promissor.

A cerimónia decorreu na Casa da Música e foi prestigiada por figuras ilustres do Ensino Superior e da Região. António Sousa Pereira, Reitor da Universidade do Porto; Paulo Pereira, Presidente do Politécnico do Porto, Isabel Braga da Cruz, Presidente do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa; Luís Carvalho, Presidente, da Escola Superior de Enfermagem do Porto; Armando Jorge Carvalho, Presidente da Entidade Instituidora da Universidade Portucalense Infante D. Henrique e Catarina Araújo, Vereadora da Câmara Municipal do Porto, formaram a mesa de honra.

Francisco Porto Fernandes, começou por destacar a importância crucial das Associações de Estudantes: “As Associações de Estudantes e os seus dirigentes são quem todos os dias fazem a força da Academia do Porto. É por isso para mim um imenso orgulho ser presidente da Federação que reúne as melhores associações de estudantes do nosso país.”

No discurso o recém-empossado presidente abordou desafios significativos dos jovens, destacando que “os jovens não veem o esforço recompensado. Portugal tem a quinta taxa de desemprego jovem mais elevada da OCDE. Em Portugal 75% dos jovens ganham menos de 950€. Em Portugal não conseguimos emancipar-nos e saímos de casa dos nossos pais aos 30 anos. Somos a primeira geração a arriscar viver pior do que a anterior”.

A emigração foi identificada como uma questão preocupante, com destaque para o facto de que mais de metade dos jovens qualificados considera a possibilidade de emigrar. “Estamos hoje a formar, com o dinheiro dos nossos impostos, para exportar. Todos anos 20 mil jovens licenciados emigram o que representa um impacto para Portugal de pelo menos 18 mil milhões de euros nos últimos anos. Este flagelo não se combate com medidas avulsas. Combate-se sim com ousadia e coragem implementando em Portugal uma política de juventude holística e sistémica baseada no melhor conhecimento científico.” declara Francisco Porto Fernandes.

O Presidente da FAP afirma ainda:

“Neste Portugal que praticamente não cresce há 20 anos. Neste Portugal com quase 2 milhões de pessoas em risco de pobreza. Neste Portugal a Academia do Porto é mais importante do que nunca. Porque o Ensino Superior é a chave para o desenvolvimento económico, cultural e social de qualquer país. Porque somos do Porto e do Norte e o Norte é e sempre foi exemplo de trabalho, resiliência e progresso.Vamos ao trabalho”, rematou o presidente da FAP.